sexta-feira, 19 de dezembro de 2008

Desabafo, parte II

Praticamente, isto é apenas outro texto meloso e idiota para constatar algum amor de fã. Não apenas para dizer o quanto dói, ou o quanto é bom. Mas para dizer o quanto é extremamente decepcionante.
Como o próprio Platão já disse, que o amor é algo puro, desporvido de paixões, e que no entanto ele é cego, falso, efêmero. Eu como admiradora de algo, ou de alguém, para ser mais realista o possível, tenho que dizer o quanto isso dói. O quanto isto é completamente perturbante. Você se sente tão perto de alguém, sabendo de tudo dela, dos gostos, das idéias e até dos pensamentos... Como você também se sente longe, do outro lado do oceano, sem toques, olhares ou tudo o que você sempre desejou.
Se este texto tem algum propósito, eu não sei, mas desbafar é o que mais me facilita quando penso dessa forma.
Poder tentar expressar, com poucar palavras, o quanto alguém é importante, o quanto alguém te faz bem, o quanto alguém domina seus sonhos e até suas fantasias.
Palavras nunca conseguiriam demonstrar o que eu sinto por você, mas mesmo fracas, elas já falam uma porcentagem do amor. Que não é mais algo tão raro esses dias. Falar 'eu te amo', já virou o mesmo do que perguntar as horas.
E apenas quando você sente, que seu mundo poderia desabar, por uma pessoa só, você vê o quanto apaixonada você está.
Se eu me sinto rídicula escrevendo isso? Me sinto.
Mas quem disse que o amor não era para ser assim?

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