quarta-feira, 16 de julho de 2008

Just like a woman

A chuva estava forte. Ele não queria sair, não queria ler, não queria nem dormir. Tudo perdeu sentido, nada mais era certo, nada mais era verdadeiro. A mentira e imaturidade tinha tomado conta de seus pensamentos. Não queria mais nada, não queria pensar nela, não queria ver o passado se aproximar lentamente de sua mente. Seu único desejo era passar por tudo, despercebido.

"Nobody feels any pain,
tonight as I stand inside the rain,
everybody knows,
that baby's got new clothes
but lately I see her ribbons and her bows
have fallen from her curls"

Saiu dali. Do quarto escuro. Andou milhas e mais milhas, e encontrou o nada, precisava dela, era um desejo, uma paixão.

"Nobody has to guess,
that baby can't be blessed
'till she finally sees that she's like all the rest,
with her fog, her amphetamine and her pearls"

Chegou finalmente ao ponto que precisava. Ela. Não vou descrevê-la, talvez nem ele soubesse como ela realmente era. Ou tudo aquilo era um sonho, ou ele ainda não acordou para a realidade. Que mundo é esse?

"It was raining from the first
and I was dying of thirst,
so I came in here
and your long-time curse hurts,
but what's worse
is this pain in here
I can't stay in here
ain't it clear that?"

Ofereceu a mão à ela. Recebeu um sorriso de confirmação. Seus corpos se juntaram e a música começou a ficar mais alta. Para eles, nada mais tinha sentido. Só aquilo. Só os dois.

"I just can't fit,
yes, I believe it's time for us to quit,
when we meet again,
introduced as friends
please don't let on that you knew me when
I was hungry and it was your world"

- Vai me conceder esta dança?
- Com você?
- Com você.
- Comigo?
- É. com você.

(na: Sim, isto ficou realmente meloso, créditos ao Bob Dylan, claro. E a Ana por ter idéias brilhantes)

Nenhum comentário: